sábado, 27 de julho de 2013

Tempestade

Noites escuras
frias, tempestuosas
nada além de lagrimas nos olhos
não há motivos para dormir
os sonhos acabaram
a solidão chegou vagarosamente
sem perceber estava eu aqui
o som da música cessou
não há festa, risos, danças
apenas velhas memórias
o choro embaça minha visão
não veja nada além de mãos vazias
o coração pesa, a mente acelera
tudo que poderia ter feito
tudo que poderia ter dito
e se não tivesse dito sim?
e esse "SE" domina meu monologo
domina o quarto, a vida.....
tudo foi se fechando, ai fora
e dentro de mim
fiquei sem voz, sem força
sem nada
e esse nada tomou conta de tudo
Agora começam trovões, raios
pela janela vejo tudo se curvar
diante da grande tempestade
quem pode detê-la?
o vento uiva
algo estranho acontece...
começa uma triste sinfonia
a natureza parece gostar
parece dançar
aos poucos tudo faz sentido
a chuva vai levando minhas lagrimas
vai lavando minha alma
e bem longe começam a surgir cores
um raio de luz furando a escuridão
parecia impossível
o dia nascera outra vez
a chuva continua
mas agora, já não estou só.

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